GINECOMASTIA

GINECOMASTIA

Ginecomastia é o termo dado ao crescimento exagerado do tecido glandular e adiposo das mamas masculinas. É uma condição comum em homens de qualquer idade, podendo ser resultado de alterações hormonais, condições de hereditariedade, doenças, avanço da idade, obesidade, utilização de certas medicações, hormônios esteroides ou uso de drogas psicoativas.

Para a maioria dos homens nesta condição, causa desconforto emocional e prejudica a autoconfiança a ponto de evitar determinadas atividades físicas, sociais e até mesmo a intimidade.

O QUE É E COMO É FEITA

A Ginecomastia está presente em 60% dos recém-nascidos e desaparece espontaneamente em algumas semanas. Na adolescência, pouco mais da metade dos meninos apresenta esta condição e a maioria se resolve em alguns meses. Em menor ou maior grau, está presente em pelo menos um terço dos homens com idade entre 25 e 45 anos e em mais da metade dos homens acima desta faixa etária. O aumento do volume mamário masculino está fortemente correlacionado à obesidade.

Vale destacar que mamas com mais de 4 cm de diâmetro podem não regredir completamente. Dependendo das causas, medicamentos e cirurgia são utilizados com sucesso para tratar a Ginecomastia.

A Ginecomastia mostra uma gradação de tipos clínicos que variam de pequeno aumento visível da mama sem redundância de pele até um aumento grande da mama com muita redundância de pele, ficando com aparência feminina. Geralmente, é bilateral.

Tecnicamente, a cirurgia plástica para corrigir a Ginecomastia é a Mamoplastia Redutora, pois reduz o tamanho da mama e harmoniza o contorno do tórax. Em casos graves, o tecido mamário em excesso pode fazer com que as mamas fiquem flácidas e as respectivas aréolas alargadas. Nestes casos, a posição e o tamanho das aréolas são melhorados e a pele em excesso retirada através de uma cirurgia de correção dos Mamilos e Aréolas.

Nos casos em que há, principalmente, excesso de tecido adiposo, utilizamos somente técnicas de Lipoaspiração. Inserimos uma cânula, um tubo oco fino, através de uma pequena incisão na linha axilar anterior. A cânula é movida para trás e para frente em um movimento controlado para soltar o excesso de gordura que é removida do corpo por meio de sucção a vácuo.

Ginecomastia é um distúrbio caracterizado pelo aumento e projeção das mamas masculinas devido ao excesso de tecido glandular.

Há várias técnicas de excisão que podemos recomendar quando o tecido glandular mamário ou excesso de pele devem ser removidos para corrigir a Ginecomastia. Pode ser através da aréola e mamilo (transareolomamilar) e ao redor da aréola (periareolar ou circular). A excisão também é necessária se a aréola precisar ser reduzida, ou o mamilo reposicionado para se obter um contorno natural.

Decidimos quais as melhores técnicas utilizar dependendo das particularidades anatômicas do paciente. Algumas vezes, utilizamos lipoaspiração e excisão no mesmo procedimento. Levamos em conta aquela que resulta em cicatrizes mínimas e não aparentes, com bom resultado estético e chegando a um contorno corporal masculino.

A cirurgia dura entre 1 a 2 horas. As opções de anestesia são: local com sedação, peridural com sedação ou anestesia geral. Depende tanto da sensibilidade do paciente, quanto da dificuldade e complexidade do procedimento.

Quando necessário, inserimos um dreno temporariamente colocado sob a pele para drenar qualquer excesso de sangue e de fluido que possam acumular. Após a cirurgia, aplicamos um curativo sobre as incisões e bandagem elástica e vestimos a faixa compressora nos pacientes cujos casos são recomendados o uso para diminuir o inchaço e dar sustentação à mama operada.

GRAUS DA GINECOMASTIA

Grau 1: Não há sobra de pele, mas um aumento discreto com destaque à região das aréolas, onde já é possível perceber que a mama fica com um aspecto “saltado”.

Grau 2A: Não há sobra de pele, mas um aumento moderado onde se observa que a saliência em boa parte da região torácica e não apenas no seio. As mamas ficam facilmente perceptíveis sob a roupa.

Grau 2B: As mesmas condições da 2A, porém com redundância de pele na região torácica, deixando a saliência mais aparente, mesmo vestido com roupa que não é justa.

Grau 3: Há muita sobra de pele e um aumento na massa das mamas levando a causar ptose (queda) mamária. Nesta condição, ficam com o aspecto das mamas femininas.

INDICAÇÃO

A correção da Ginecomastia é indicada para homens fisicamente saudáveis a partir da adolescência que se sentem incomodados com a sensação de que suas mamas são muito grandes. Algumas vezes, além do desconforto, podem causar dor.

O procedimento é indicado, inclusive, para pacientes com risco para carcinoma (Síndrome de Klinefelter, por exemplo), pós-obesos que experimentaram perda de volume e elasticidade da pele e em casos em que a Ginecomastia é antiga e ocasionou fibrose.

O problema costuma ocorrer na passagem da adolescência para a idade adulta, fase em que a produção de hormônios é mais ativa. Quando o aumento das mamas persiste por pelo menos 18 a 24 meses, a recomendação é que se faça um diagnóstico para a indicação do tratamento. No entanto, pode acontecer também durante a maturidade, quando há queda da ação hormonal.

O ideal é estar com peso relativamente normal e com o desenvolvimento da mama estabilizado.

PRÉ-OPERATÓRIO

Por gentileza, é muito importante consultar a página MARCOU A CIRURGIA? que tem uma série de questões para conversarmos nas consultas, ajudar nas suas dúvidas e onde você encontra recomendações para o dia do procedimento.

Além disso, no caso da correção da Ginecomastia, segue um checklist para ajudar você se organizar:

🅐 Sessões de drenagens linfáticas prévias ajudam a preparar o corpo para a cirurgia e reduzem o risco de complicações pós-cirúrgicas, como infecção, edema excessivo, hematomas e tecido cicatricial.

🅑 Se indicada, adquirir faixa compressora de uma empresa especializada e levá-la no dia da cirurgia, pois é colocada imediatamente ao fim do procedimento. Escolha um modelo bem confortável, justo, mas não apertado, considerando a diminuição das mamas.

🅒 Certifique-se que nesse período mais crítico da recuperação, de 2 a 3 semanas, ninguém dependa de você na família ou trabalho. Seguir à risca o planejamento tem o objetivo de garantir os resultados desejados.

PÓS-OPERATÓRIO

Após a cirurgia de correção da Ginecomastia, o paciente é liberado depois de 12 a 24 horas de internação. A dor não costuma incomodar muito, mas é provável que você a sinta por algumas semanas enquanto o inchaço começa a regredir.

Os dois primeiros dias devem ser de absoluto repouso, fundamental para a cicatrização. Nos casos em que um volume mamário significativo foi dissecado, utilizamos drenos de pressão negativa, retirados no 4º dia após o procedimento. Durma com a barriga para cima, com os braços ao longo do corpo e o tronco elevado para ficar mais confortável.

A Ginecomastia NÃO tem correlação com o câncer de mama masculino e NÃO pode ser eliminada através de exercícios físicos.

Uma dieta leve ajuda a suportar a medicação que deixa o estômago mais sensível. Opte por uma comida mais leve no 1º dia (frutas, sopa, gelatina, fibra, líquidos etc.). A partir do 2º dia do procedimento, pode-se comer praticamente tudo, porém alimentos com o mínimo de sal para não aumentar o inchaço. Tome bastante líquidos. Evite, também, alimentos que produzem gazes (como feijão, alho, frango etc.), para não causar desconforto.

Quando indicada, a faixa compressora é usada por um período mínimo de 1 mês e pode ser retirada apenas para o banho. Evite molhar os curativos, mas caso isso aconteça, procure secá-los cuidadosamente com uma toalha e/ou um secador morno a pelo menos 20 cm de distância. Passamos um cronograma para a troca de curativo e a retirada do dreno e dos pontos que são feitos no consultório em etapas.

Entre o 3º e o 7º dia já é possível o retorno moderado às atividades diárias, mas sem esforço físico. Caminhada leves a partir do 8º dia estão liberadas; as atividades físicas mais intensas, após avaliação. Evite levantar peso e não erga os braços acima dos ombros por pelo menos 15 dias. A partir da 3ª semana, está liberada para exercícios leves (que não requerem tanto esforço físico), atividade sexual, dirigir e para as atividades no trabalho e/ou estudo. Praticamente, depois de 30 dias se restabelece a rotina normal.

Pegar sol nos seios? Nem se eles estiverem sob a camisa! Evitar ao máximo a exposição das cicatrizes ao sol por pelo menos 6 meses, para não escurecer as cicatrizes. Depois, sempre com o uso de protetor solar com o mínimo de 30 FPS (fator de proteção solar).

Assim como no pré, programe sessões de drenagem linfática de 4 a 6 semanas no pós-operatório. Além de eliminar o acúmulo de líquido do organismo, esse tratamento ativa o sistema imunológico, ajuda a diminuir as dores e desconfortos, alivia os hematomas e inchaços e é eficaz na prevenção e tratamento de fibroses e aderências cicatriciais.

O resultado planejado se dá entre 4 e 6 meses. Aconselhamos a levar um estilo de vida saudável, sem exageros, alimentando-se adequadamente, praticando exercícios e mantendo o peso ideal para seu biotipo. As cicatrizes são permanentes, mas, na maioria dos casos, tendem a melhorar significativamente ao longo do tempo e, após 1 ano, devem estar bem discretas.

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