TUMORES E LESÕES DE PELE

TUMORES E LESÕES DE PELE

A pele é o maior órgão do corpo humano e uma de suas principais funções é proteger os músculos, cartilagens, ossos e demais tecidos. Durante as várias fases da vida, fatores como a predisposição genética e exposição prolongada ao sol podem dar origem aos tumores de pele, neoplasias cutâneas ou neoplasias dermatológicas que são crescimentos anormais das células da pele que podem ser benignos (inofensivos), pré-malignos (podem se tornar malignos) ou malignos (câncer de pele).

Como um país de clima tropical, o Brasil recebe uma grande incidência da luz solar. Dados estatísticos revelam que cerca de 75% da radiação solar recebida ao longo da vida ocorre nos primeiros 20 anos e 90% dos tumores e lesões desenvolvem-se nas partes do corpo que ficam expostas ao sol, geralmente, a partir dos 40 anos. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o número de Tumores e Lesões de Pele vem aumentando nos últimos anos. Isso se deve, em grande parte, à combinação de uma melhoria nos diagnósticos, pessoas se expondo por mais tempo ao sol e ao fato das pessoas viverem mais tempo.

O QUE É E COMO É FEITA

A cirurgia plástica é utilizada para retirar Tumores e Lesões de Pele, pois utiliza técnicas especializadas para preservar a saúde e aparência da pele. Excisão, curetagem, eletrodissecção, entre outras, são eficazes na maioria dos procedimentos. Nos casos de alta complexidade, podemos utilizar retalhos (tecidos de áreas vizinhas com a mesma nutrição arterial) ou enxertos (provenientes do local distante).

Quando o procedimento cirúrgico é indicado – ou mais de um deles -, buscamos o melhor planejamento levando em consideração o resultado estético e funcional possíveis para cada paciente. Se necessário, encaminhamos o(a) paciente para outros profissionais especializados para complementar o tratamento.

A remoção de tumores benignos e malignos pode ser feita através dos seguintes tratamentos:

Biópsia Cutânea – Procedimento no qual um pequeno fragmento da pele ou da mucosa é retirado para análise patológica. Pode ser feita através de um punch (cilindro de superfície cortante que ao ser girado, aprofunda-se na pele e permite a remoção de um cone de tecido cutâneo), por shaving (navalha que remove um fragmento mais superficial da pele), por curetagem ou por excisão com bisturi.

Cauterização Química – Aplicação de uma substância cáustica ou ácida sobre uma lesão, com o objetivo de removê-la. As substâncias mais utilizadas são o ácido tricloroacético e o hidróxido de potássio. Podem ser necessárias várias sessões, a depender do tipo de lesão tratada.

Crioterapia – Também conhecida como Criocirurgia, é um processo terapêutico baseado no tratamento de lesões pelo frio. Vários agentes químicos podem ser utilizados no resfriamento abrupto da pele, sendo o nitrogênio líquido o mais comumente utilizado.

A cirurgia de retirada parcial ou total de Tumores e Lesões de Pele visa a melhor reconstrução estético-funcional da área afetada.

Curetagem – Técnica específica de raspagem da lesão com uma cureta (instrumento cirúrgico não cortante em forma de colher). Pode ser realizada como procedimento único para lesões superficiais ou fazer parte de outros mais complexos como a Eletrodissecção ou a Crioterapia.

Eletrodissecção ou Eletrocauterização – Procedimento feito com um bisturi eletrônico que destrói os tumores benignos ou malignos através do calor e eletricidade. Utilizada para retirar alguns tipos de tumores benignos e alguns tipos de cânceres da pele.

Excisão – Remoção do tumor com um bisturi e, também, de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança. Os tecidos removidos são examinados ao microscópio, para aferir se foram removidas todas as células cancerosas. Possui altos índices de cura e pode ser empregada no caso de tumores recorrentes.

Laser – Remoção das células tumorais usando o laser de dióxido de carbono ou de érbio. Por não causar sangramentos, é uma opção eficiente para aqueles que têm desordens sanguíneas.

Micrográfica de Mohs – Retirada do tumor e um fragmento de pele ao redor com uma cureta. Em seguida, esse material é analisado ao microscópio. Tal procedimento é repetido sucessivamente, até não restarem vestígios de células tumorais. A técnica preserva boa parte dos tecidos sadios e é indicada para casos de tumores mal delimitados ou em áreas críticas.

Terapia Fotodinâmica (PDT) – Um agente fotossensibilizante é aplicado (como o ácido 5-ALA ou 5-aminolevulínico) nas células anormais. Depois de um tempo, as áreas tratadas são expostas a uma luz intensa que ativa o 5-ALA e destrói as células tumorais, com mínimos danos aos tecidos sadios.

TUMORES BENIGNOS (NÃO CANCEROSOS)

As pessoas devem procurar um especialista se uma pinta, sinal ou verruga coça, dói, cresce, tem secreções ou não se cicatriza há muito tempo. Frequentemente, tumor cutâneo é mais um problema estético. Poucos são cancerosos e desconhecem-se as causas da maioria deles. Alguns são causados por vírus (como as verrugas), doença sistêmica (como excesso de gordura no sangue), genética e fatores ambientais (exposição prolongada ao sol).

Os diagnósticos dos Tumores e Lesões de Pele não cancerosos são feitos através de exames físicos e, algumas vezes, por anatomopatológicos (biópsias). Quando não desaparecem por si só, os planejamentos para os respectivos tratamentos dependem das características como localização, tipo e tamanho. Os tipos mais comuns são:

A maioria dos Tumores e Lesões de Pele benignos raramente se transforma em câncer.

Acrocórdon ou Fibroma Mole – É uma pequena elevação mole de 1 mm a 1 cm, pediculada, arredondada, cor da pele ou ligeiramente mais escura que aparece, normalmente, no pescoço, axilas e virilhas. Comum em pessoas obesas, diabéticas e em mulheres. Esta irritante e desagradável lesão pode ser removida por crioterapia, eletrodissecção suave ou excisão com bisturi ou tesoura.

Ceratoacantoma – Começa como uma lesão papular na epiderme que cresce durante 2 a 4 semanas até um tamanho de 2 cm ou mais com um núcleo afundado (umbilicado) e escuro (queratinoso). Aparece em pessoas idosas, mais comuns nas mulheres, principalmente na pele exposta ao sol, como testa, nariz, lábio inferior, mãos e braços. Após 4 a 6 meses, pode ocorrer a expulsão do núcleo, deixando uma cicatriz esbranquiçada. Quase sempre é um tumor benigno, mas pode ser confundido com um carcinoma de células escamosas. Neste caso, é removido por excisão e pode ser enviado para biópsia.

Ceratose Actínica – Também conhecida como ceratose solar ou queratose senil (aparece em pessoas mais idosas), é uma afecção da pele caracterizada pela cor avermelhada, áspera e descamada. É mais comum no rosto, lábios (queilite actínica), orelha, dorso da mão, antebraço, couro cabeludo (em calvos) e pescoço. Pessoas de pele clara, cabelos loiros ou ruivos e olhos claros (azuis ou verdes) são as mais suscetíveis de apresentar esse tumor. Como pode se transformar em carcinoma de células escamosas, a indicação é para ser removido como precaução através da terapia fotodinâmica, crioterapia e curetagem.

Ceratose Seborreica – Lesão epitelial superficial no tamanho de 2 a 10 mm de diâmetro, bordas bem circunscritas e arredondadas ou irregulares, coloração acastanhada ou amarronzada ou negra, aspecto verrucoso, superfície áspera, mas que podem ocorrer como pápula lisa. Aparece, principalmente, na face, tronco, dedos e cabeça. Pode crescer formando placa de vários centímetros. Geralmente, tem origem genética. Pode ser confundida com melanoma, mas é um problema estético e é assintomática. Remoção indicada somente quando está irritada, pruriginosa ou esteticamente desconfortável. Para tanto, usamos crioterapia ou eletrocoagulação associada à curetagem.

Cisto Epidermoide – Antigamente conhecido como “cisto sebáceo” (termo equivocado porque não é formado na glândula sebácea), é preenchido com queratina e revestido por epitélio escamoso estratificado. É desencadeado por uma alteração estrutural na composição folicular ou quando as células que estão na camada mais superficial da pele (epiderme) acabam indo para a derme, gerando essa formação cística. É redondo, móvel, tem consistência fibroelástica, da cor da própria pele e pode crescer vários centímetros. Geralmente, aparece nas costas, rosto e tórax de pessoas adultas e pode ser doloroso se infeccionar. Há a indicação da remoção cirúrgica do cisto (incluindo sua cápsula) através de incisão.

Corno Cutâneo – Tem formato de chifre cônico, reto ou curvo, na cor branco-amarelado, pode chegar a 13 cm e tem origem no crescimento e queratinização anormal da pele. Mais comum em idosos, homens e brancos. Pode aparecer em qualquer parte da pele, inclusive nos lábios. Pode sofrer transformação maligna. Pode ser removido por crioterapia, eletrodissecção ou excisão.

Dermatofibroma – Em formato de pápula firme ou nódulo subcutâneo, pode ter diversas cores como marrom, roxo, vermelho, amarelo ou rosa e crescer entre 3 e 10 mm. O tumor pode ser causado por reações fibrosas a um trauma, mordida de inseto, infecção viral, ruptura de cisto ou foliculite, geralmente, na coxa e perna, mas pode ocorrer em qualquer lugar. Mais comuns em imunossuprimidos. Geralmente, não causa sintomas. Diagnóstico é feito clinicamente e recomendamos excisão mais biópsia, se problemático.

Granuloma Piogênico – Nódulo vascular na cor escarlate, carnudo, úmido ou crostoso, geralmente composto por capilares proliferados em um estroma. Diagnóstico envolve biópsia e exame histopatológico. Ocasionalmente, a lesão se assemelha a um tumor maligno. O tratamento consiste na exérese por excisão ou eletrodissecção e curetagem. A lesão pode reaparecer.

Os Tumores e Lesões de Pele malignos correspondem a cerca de 30% de todos os cânceres no Brasil, segundo informações do INCA.

Hemangioma – Também conhecido como hemangioma infantil, é uma lesão que pode ser única ou múltipla e se localiza preferencialmente na face, couro cabeludo e no tronco. É elevada, de poucos milímetros, arredondada, brilhante e apresenta coloração avermelhada e brilhante, semelhante à cor do morango ou da framboesa. Acomete mais meninas que meninos (proporção de 5:1), recém-nascidas prematuras e de baixo peso. Pode desaparecer espontaneamente sem causar sintomas. Nunca se torna maligno. Quando medicação não resolve e se há importante comprometimento estético, ulceração e dor, pode ser retirado por excisão ou eletrodissecção e curetagem.

Hiperplasia Sebácea – Esse tumor benigno que tem entre 2 e 5 mm de diâmetro se desenvolve quando há um aumento no tamanho da glândula sebácea por causa dos hormônios androgênicos. Apresenta-se na forma de pápula macia, amarelada, arredondada, às vezes com o centro afundado (umbilicado). Mais frequente em adultos de pele clara e em pessoas que tem pele oleosa. Mais comum na testa, bochechas e nariz com o avançar da idade (daí, também, ser chamado “hiperplasia senil”). Diagnosticado por meio de exame clínico. Uma biópsia é indicada para descartar a possibilidade de um carcinoma basocelular. Pode ser removido por crioterapia, eletrodissecção, peeling e laser.

Lentigo Simples e Maligno – Ambos os tipos são manchas marrons ou acastanhadas, menores que 1,5 cm, circunscrita, de bordas regulares ou não, composta por proliferação localizada de melanócitos epidérmicos. Pode ser hereditário ou adquirido. Seu nome se refere à aparência da lentilha. A lesão lentigo simples é benigna e aparece nos primeiros anos de vida em qualquer parte do corpo ou mucosas e se multiplica com a idade, como sardas. A lesão lentigo maligno, apesar do nome, é pré-maligna, mas que pode se transformar em um melanoma. Cresce lentamente ao longo dos anos em áreas frequentemente expostas ao sol, como o rosto, pescoço, mãos e pernas. Comumente aparece em pessoas idosas. É a única variedade de displasia melanocítica intraepidérmica que é capaz de evoluir para um melanoma in situ (sem metástase) e invasivo (com metástase).

Lipoma – Tumor subcutâneo composto de adipócitos (células gordurosas) que pode ser causado por mutações genéticas ou trauma físico. Comumente com consistência mole, forma elevação arredondada ou oval, a maioria é indolor e cerca de 80% têm menos de 5 cm de diâmetro, mas pode atingir mais de 20 cm e pesar mais de 1 kg. Mais comum nas mulheres do que nos homens, surge entre os 40 a 60 anos. Tende a ocorrer no tronco, ombros, pescoço e axilas. Pode se mover sob a pele. Se incômodo, pode ser removido por excisão ou lipoaspiração.

Nevo ou Lunar – Popularmente conhecido como pinta ou sinal, essa lesão congênita tem diversos tamanhos, pode ser plana ou saliente, lisa ou rugosa (verrugosa) e até nela crescer pelos. É pouco elevada, na cor vermelho-marrom ou negra, com bordas bem definidas. São mais comuns na cabeça, pescoço e tronco. Raramente cresce e se transforma em um melanoma, com o qual se parece muito esteticamente. Se um nevo for doloroso, coçar, sangrar ou ulcerar, biópsia excisional também pode ser considerada. Se feita, não aumenta a possibilidade de metástase (se a lesão for maligna) e evita cirurgia extensa em lesão benigna. Se incomoda, pode ser retirado por excisão ou eletrodissecção.

Nevo Atípico – Também composto por ninhos de melanócitos, esse tipo de lesão pode ter maior risco de apresentar melanoma. Possui bordas mal definidas e irregulares e coloração de marrom escuro a claro. É recomendável monitoramento clínico atento constante e biópsia daquela altamente atípica ou em transformação em paciente com história de alto risco, pessoal ou familiar de melanoma. Se indicada, a remoção é feita por excisão ou eletrodissecção e curetagem.

TUMORES MALIGNOS (CANCEROSOS)

Os Tumores e Lesões de Pele malignos correspondem a cerca de 30% de todos os cânceres no Brasil, segundo informações do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Os cutâneos são formados por células que sofrem mutação genética e multiplicam-se de maneira desordenada dando origem a um novo tecido (neoplasia). Eles têm a característica de se espalhar pelo corpo (metástase) e não respeitam os limites da pele normal ao redor.

O câncer da pele atinge, principalmente, pessoas de pele clara, cabelo loiro ou ruivo e olhos claros que se queimam ao sol com facilidade e nunca se bronzeiam (ou se bronzeiam com dificuldade) ou que apresentam outros transtornos dermatológicos. Cerca de 90% das lesões localizam-se nas áreas que ficam expostas ao sol. Pessoas a partir de 40 anos estão entre a população mais acometida.

Além do exame clínico, utilizamos a biópsia para confirmação do diagnóstico. Entre os tratamentos para Tumores e Lesões de Pele malignos estão a cirurgia excisional, eletrodissecção com ou sem curetagem, crioterapia, terapia fotodinâmica, laser, radiação e medicamentos tópicos. Os mais frequentes são:

O câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil, seguido do câncer de próstata em homens e o câncer de mama em mulheres.

Carcinoma Basocelular – Dos cânceres de pele, é o menos agressivo e o mais frequente (70% dos diagnósticos, segundo o Inca). É uma lesão elevada, arredondada, cor de pele ou rosada brilhante, indolor, de crescimento lento que invade o tecido, mas raramente produz metástases. A maioria dos carcinomas basocelulares surgem de outros tumores. Mais comum em lugares expostos ao sol como cara e membros. É possível remover todas as células cancerosas apenas com cirurgia, desde que diagnosticado nas primeiras fases de desenvolvimento.

Carcinoma de Células Escamosas – Também descrito como carcinoma epidermoide, é diagnosticado em 25% dos casos de cânceres de pele no Brasil. Esta forma de neoplasia cutânea surge nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele (epiderme), desenvolve-se mais em áreas constantemente expostas ao sol, como braços, pernas, pescoço, rosto e couro cabeludo. Exposição longa e excessiva ao arsênico, câmaras de bronzeamento artificial, raios X, infecções crônicas, inflamações na pele – e até de forma espontânea – podem, também, dar origem ao carcinoma de células escamosas. Ele se espalha pelas laterais das bordas e novas lesões geralmente aparecem perto das antigas, podendo evoluir rapidamente acompanhado de secreção, coceira, vermelhidão, descamação, fissura e sangue.

Melanoma – Embora represente menos de 3% dos cânceres de pele, é o tipo mais agressivo devido à sua alta possibilidade de metástase e letalidade elevada. Pode surgir a partir dos melanócitos (células produtoras de pigmento da pele cuja maior função é ajudar a proteger o corpo dos impactos da radiação solar) que crescem de forma rápida, anormal e descontrolada e, por isso, podem se espalhar para outros órgãos como pulmões, cérebro, fígado, ossos ou intestino. Deve-se ficar atento aos sangramentos, coceira, descamação e dor em pintas ou sinais no corpo todo. Como não poderíamos deixar de mencionar, a exposição excessiva à luz solar é o principal fator que pode aumentar o risco de desenvolver um melanoma. O tempo é importante no tratamento. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais superficial é a doença e com mais chances de cura. A cirurgia é o tratamento mais indicado, entretanto, a radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas, dependendo do estágio deste câncer maligno.

Há outros Tumores e Lesões de Pele malignos raros como o sarcoma de Kaposi (causado pelo vírus do herpes humano 8 em imunodeprimidos), carcinoma de células de Merkel (células do tato), carcinoma sebáceo (glândulas sebáceas), carcinoma seringoide (ductos glandulares), espiradenoma ecrino (glândulas sudoríparas), entre outros.

O procedimento deve ser realizado em consultório ou hospital, conforme o grau de complexidade da cirurgia planejada. Da mesma forma, a anestesia pode ser local, com ou sem sedação e até mesmo geral, o que for mais confortável e seguro para a(o) paciente.

ABCDE DO CÂNCER DE PELE

Sempre faça o autoexame em pintas ou sinais em sua pele e fique atenta(o) às características que podem indicar a presença de um tumor maligno, que podem ser:

Dr Rodrigo Del Vecchio - Tumores e Lesões de Pele - Autoexame ABCDE

ASSIMETRIA – Uma metade é diferente da outra? O formato do tumor maligno é desigual em suas proporções.

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BORDAS – São onduladas ou mal definidas e irregulares em vez de arredondadas (ou ovais) e lisas.

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CORES – Vários tons de uma área para outra com o preto, marrom e bege e cores diferentes e incomuns como o vermelho, tons cinzas ou azulados ou halos claros.

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DIÂMETRO – Na maioria dos casos, a lesão maligna é maior que 6 milímetros.

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EVOLUÇÃO – Apresenta crescimento rápido ou modificação progressiva em curto espaço de tempo para as laterais e para cima.

DICAS SOBRE EXPOSIÇÃO AO SOL

Evitar exposição prolongada ao sol entre 10 e 16 horas – maior incidência dos perigosos raios ultravioletas (UV) – protegendo as crianças e estimulando os adolescentes a se protegerem. Principalmente, a região da face, lábios e orelhas.

Usar diariamente um protetor solar de boa qualidade, ou seja, que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha o mínimo de 30 FPS (fator de proteção solar). Quando estiver na praia ou piscina, reaplicá-lo a cada 2 ou 3 horas. Usar filtro solar próprio para os lábios.

Procurar lugares com sombra e se proteger do sol com roupas, bonés ou chapéus de abas largas e óculos escuros (com proteção UV, de preferência). Preferir as barracas e guarda-sóis feitos de algodão ou lona (absorvem 50% da radiação UV) em vez dos de nylon (absorvem apenas 5% da radiação UV).

Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

INDICAÇÃO

Seja pela saúde ou estética, os Tumores e Lesões de Pele malignos devem ser diagnosticados e tratados precocemente, ainda mais aqueles que coçam ou doem, incomodam, não se cicatrizam e crescem rápido. Inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento e/ou desconforto às(aos) pacientes.

Nem toda lesão de pele exige retirada cirúrgica. Depois da devida avaliação, discutimos com a(o) paciente as possíveis condutas que variam desde o simples acompanhamento periódico, passando por tratamentos não-cirúrgicos, até a cirurgia propriamente dita.

O autoexame do ABCDE ajuda no diagnóstico do melanoma, o câncer de pele mais agressivo.

Quando indicado, vale observar que todo e qualquer procedimento cirúrgico envolve riscos. Mesmo quando fazemos a correta avaliação pré-operatória, o melhor planejamento cirúrgico e todos os cuidados pós-operatórios são realizados, o tumor benigno ou maligno pode reaparecer e talvez haja necessidade de novo procedimento cirúrgico ou tratamento.

A escolha do tratamento é feita com base no tipo, tamanho, local e profundidade do tumor, levando em consideração a idade da(do) paciente e suas condições gerais de saúde.

PRÉ-OPERATÓRIO

Se o planejamento envolve cirurgia em hospital, é muito importante consultar a página MARCOU A CIRURGIA? que tem uma série de questões para conversarmos nas consultas, ajudar nas suas dúvidas e onde você encontra recomendações para o dia do procedimento.

No momento da liberação, a(o) paciente recebe todas as devidas prescrições e orientações com relação aos cuidados domiciliares, medicamentos, curativos, e data prevista de retorno para reavaliação.

PÓS-OPERATÓRIO

A maioria dos procedimentos é feita ambulatorialmente. Mesmo os casos de cirurgia, raramente o procedimento requer internação hospitalar. Prescrevemos medicamentos caso a dor e latejamento incomode. Quando tiver pontos, removemos entre uma semana e 10 dias.

Os 2 primeiros dias devem ser de máximo repouso, fundamental para a cicatrização. Após a cirurgia para retirada de qualquer tipo de lesão de pele, o local operado fica sensível, dolorido, avermelhado durante alguns dias, dependendo de cada pessoa. Pode ocorrer eliminação de pequeno volume de líquido pela ferida ou formação de crostas.

O tempo que você leva para retomar sua rotina normal depende da extensão, da complexidade e do tipo de cirurgia a qual você se submeteu. Procure limitar movimentos bruscos e amplos. Evite exercícios e esportes de contato por, pelo menos, três semanas.

Evitar ao máximo a exposição das cicatrizes ao sol por pelo menos 3 meses. Depois, sempre com o uso de protetor solar com o mínimo de 30 FPS (fator de proteção solar).

Acompanhamos seu caso e passamos todas as informações e recomendamos desde os medicamentos, curativos, liberação para volta à rotina e até aos exercícios.

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