MAMOPLASTIA DE AUMENTO

MAMOPLASTIA DE AUMENTO

Em 1962, no hospital Jefferson Davis, em Houston (Texas, EUA), uma americana mãe de seis filhos foi a primeira mulher a receber um implante de silicone para aumentar o tamanho dos seios. Daquela época aos dias de hoje, a Mamoplastia de Aumento – nome dado ao conjunto de técnicas cirúrgicas de inclusão de próteses mamárias – é um dos procedimentos estéticos mais executados e pesquisados no mundo.

O Brasil é referência e uma das potências mundiais nessa área. Em todo mundo, observamos avanços constantes nas técnicas cirúrgicas, materiais de sutura, aparelhos de monitoração, equipamentos cirúrgicos, anestesias, medicamentos e nas próteses de silicone para as mamas.

O QUE É E COMO É FEITA

As próteses para implantes mamários que usamos hoje na cirurgia plástica Mamoplastia de Aumento tem tecnologia avançada, alta durabilidade e os melhores fabricantes dão garantia vitalícia aos seus produtos. Claro, esse tempo considerando que você não teve nenhum trauma na região das mamas, não pratica esporte de alto impacto, não teve contratura capsular ou algum problema mais grave de saúde.

Uma vez indicada para o seu caso, escolhemos qual prótese pode ser mais bem indicada para que seus seios fiquem com uma forma harmônica e de acordo com seu biotipo. Fatores como a sua altura, estrutura corporal, biotipo, distância entre tronco e quadril, proporção do tórax, estrutura óssea, elasticidade da pele e formação original da mama são levados em consideração. Vale ressaltar que sua preferência estética é o mais importante no processo de escolha.

Levamos em conta qual o material que ela é feita, qual o formato e o respectivo perfil. Em relação ao volume, cada prótese varia de 150 ml a 600 ml.

As incisões da Mamoplastia de Aumento são feitas em áreas discretas para ajudar a esconder a cicatriz. Avaliamos junto à paciente quais locais são apropriados para as incisões tendo em mente o tipo de implante, o volume desejado, as particularidades anatômicas e, principalmente, o resultado desejado.

Podemos optar pela incisão inframamária (base do seio), transaxilar (abaixo da axila) ou periareolar (linha de contorno da aréola). O tipo de incisão depende, também, onde a prótese é posicionada: se sob ou sobre o músculo peitoral.

A cirurgia de implante mamário demora, em média, 1 hora. É utilizada a anestesia geral, local com sedação ou peridural.

CARACTERÍSTICAS DAS PRÓTESES QUANTO AO...

MATERIAL

Gel de Silicone – Apresentam uma consistência e textura próxima à estrutura dos tecidos mamários femininos. A prótese de silicone de gel coesivo não apresenta riscos de vazamentos. Gera menos riscos de contratura capsular.

Poliuretano – Revestimento de poliuretano com preenchimento de gel de silicone. É estável e tem alta aderência ao tecido mamário circunjacente, mas essa característica dificulta eventual nova cirurgia (troca, por exemplo), exigindo incisões maiores na pele.

Salina – Permitem administração da dosagem ideal de líquido (solução salina) o que proporciona um resultado mais simétrico. Possibilita incisões menores na pele. São utilizadas para aumento do volume e na cirurgia plástica reconstrutiva das mamas. São comuns em países como os EUA, mas não são comercializados no Brasil.

A Mamoplastia de Aumento melhora o contorno, firmeza e simetria das mamas através da inclusão de próteses de silicone.
FORMATO

Redonda – Deixa os seios evidenciados e o colo com um contorno bem definido. É a prótese mais popular.

Cônica – Faz com que a mama tenha bastante projeção para frente e fique empinada. Essa prótese é indicada para mulheres que apresentam leve grau de queda dos seios. Dependendo do biotipo da mulher, o resultado não é tão natural.

Anatômica ou em Gota – Simula o formato natural dos seios. É mais discreta. Muito utilizado nos casos de reconstrução mamária após a mastectomia.

PERFIL

Baixo ou Moderado – Largura do implante (diâmetro) destacada e projeção (altura) pequena. Deixam o colo menos acentuado. São mais indicados para mulheres que possuem um tórax mais largo.

Alto ou Extra-Alto – Conferem projeção e volume para as mamas. É o implante ideal para mulheres com pouco volume no colo e tórax mais estreito.

TÉCNICAS DE INCISÃO

Inframamária – A incisão é feita na base dos seios, bem na dobra. Esta técnica permite o implante de próteses de tamanho grande e não prejudica as glândulas mamárias. A cicatrização é quase imperceptível, além de ficar coberta pelo sutiã ou biquíni. É a incisão mais popular entre as mulheres.

Transaxilar ou Axilar – A incisão axilar é feita abaixo da axila e se cria um túnel por onde transporta a prótese ao local correto. Ao levantar o braço, a cicatrização pode ficar visível. Os ductos mamários não são prejudicados e, consequentemente, a amamentação também não, caso a mulher tenha filho(s).

Periareolar – A incisão periareolar é feita entre a linha de contorno da aréola e a mama, portanto, deve ter um bom tamanho para passagem da prótese. A cicatriz originária dessa técnica pode sofrer mais tensão e alargar mais.

POSIÇÃO DAS PRÓTESES

Submuscular – A prótese é colocada entre o músculo peitoral e a caixa torácica. Indicada quando a mulher tem pouco tecido mamário, pele muito fina ou os seios muito próximos um do outro. É a posição escolhida para mulheres com histórico importante de câncer de mama na família.

Subglandular – A prótese é colocada entre o músculo peitoral e a glândula mamária. Fica por cima ou à frente do músculo. O pós-operatório pode ser mais confortável, pois o trauma muscular provocado pela manipulação cirúrgica é menor. É necessário ter a espessura da pele adequada para cobrir o implante.

CONTRATURA CAPSULAR

A cápsula é a cicatriz que se forma ao redor de qualquer implante mamário. Contratura capsular é uma complicação decorrente da rejeição do implante mamário, uma reação inflamatória crônica. Nesta condição, o organismo reage contraindo a cápsula através de fibrose excessiva, transformando sua cicatrização em anormal.

Ela pode ocorrer tanto nos primeiros meses quanto anos após a cirurgia. Dependendo dos sinais e sintomas apresentados, a contratura capsular pode ser classificada em 4 graus: macia ou normal (1), minimamente firme (2), moderadamente firme com deformidade visual (3) e dura e dolorida (4).

O diagnóstico é feito clinicamente, sendo que exames de imagem podem ser solicitados. O tratamento, na grande maioria dos casos, é cirúrgico com a troca do implante e retirada parcial ou total da cápsula.

As causas prováveis da contratura capsular são: contaminação durante a cirurgia, excesso de seroma (acúmulo de líquidos próximo à cicatriz cirúrgica), formação de hematoma (acúmulo de sangue), doença autoimune (quando o corpo sem uma causa específica reage ao implante) e até o vazamento da prótese mamária.

INDICAÇÃO

A Mamoplastia de Aumento é a cirurgia plástica indicada para tratar mamas pequenas, flácidas e pouco projetadas. Ela tem o objetivo de harmonizar o contorno, dar firmeza e simetria aos seios através da inclusão de próteses.

O procedimento tem objetivos estéticos, mas é recomendado, também, para casos de problemas no tamanho e forma que afetam os seios femininos ao logo dos anos, tais como: o não desenvolvimento total de um ou ambos (assimetrias), ciclos menstruais, alterações de pesos, gravidez, traumas e pós-cirurgias oncológicas. Situações como essas afetam a autoestima e autoconfiança da mulher.

As mulheres que fizeram a Mamoplastia de Aumento, caso engravidem futuramente, podem amamentar normalmente.

Não há restrição quanto à idade mínima para realizar a Mamoplastia de Aumento, mas, se a paciente for jovem, o desenvolvimento das suas mamas deve estar completo. Se necessário, solicitamos a liberação pelo ginecologista. Ter o apoio dos pais é fundamental.

O mais importante ao tomar a decisão de fazer a cirurgia é ter expectativas realistas. Você tem todo o direito de mudar algo que incomoda nos seus seios e deve fazê-lo por você, nem para agradar alguém e nem para se adaptar a qualquer tipo de imagem “ideal”.

PRÉ-OPERATÓRIO

Por gentileza, é muito importante consultar a página MARCOU A CIRURGIA? que tem uma série de questões para conversarmos nas consultas, ajudar nas suas dúvidas e onde você encontra recomendações para o dia do procedimento.

Caso tenha, é importante falar sobre histórico familiar de câncer de mama e levar os últimos resultados de mamografias ou biópsias anteriores.

Além disso, no caso da Mamoplastia de Aumento, segue um checklist para ajudar você se organizar:

🅐 Passe um bom creme hidratante nos dias do pré-operatório (não no dia anterior e nem no dia da cirurgia!) na região dos seios para ajudar a pele se estender e diminuírem as chances de surgirem estrias.

🅑 Sessões de drenagens linfáticas prévias ajudam a preparar o corpo para a cirurgia e reduzem o risco de complicações pós-cirúrgicas, como infecção, edema excessivo, hematomas e tecido cicatricial.

🅒 Adquirir sutiã cirúrgico de uma empresa especializada e levá-lo no dia da cirurgia, pois é colocado imediatamente ao fim do procedimento. Escolha um modelo bem confortável, justo, mas não apertado, considerando o aumento das mamas.

🅓 Certifique-se que nesse período mais crítico da recuperação, de 2 a 3 semanas, ninguém dependa de você na família ou trabalho. Seguir à risca o planejamento tem o objetivo de garantir os resultados desejados.

PÓS-OPERATÓRIO

Após a Mamoplastia de Aumento, a internação varia caso a caso podendo ser de 12 horas (alta hospitalar no mesmo dia) ou 24 horas (um pernoite no hospital). A dor não costuma incomodar muito, mas é provável que você a sinta por algumas semanas enquanto o inchaço começa a regredir. Os dois primeiros dias devem ser de absoluto repouso, fundamental para a cicatrização e para eliminação dos líquidos (seroma) através do dreno.

Normalmente, trocamos o primeiro curativo e os demais ensinamos como ser feitos pela paciente em casa. O uso de sutiã pós-operatório ajuda a proteger, segurar e moldar as mamas. Deve ser usado por um período mínimo de 1 mês, tirando só para o banho e curativo. Durma com a barriga para cima, com os braços ao longo do corpo e o tronco elevado para ficar mais confortável por, pelo menos, 1 mês.

Apesar da garantia vitalícia das próteses de silicone atuais utilizadas na Mamoplastia de Aumento, é fundamental incluir o acompanhamento dos implantes mamários junto aos exames anuais de rotina.

Opte por uma comida mais leve no 1º dia (frutas, sopa, gelatina, fibra, líquidos etc.). A partir do 2º dia do procedimento, sugerimos uma dieta equilibrada rica em frutas, legumes e carnes brancas. Evite doces, frituras, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Hidrate-se bastante. Use o mínimo de sal para não aumentar o inchaço.

Nos primeiros banhos após a cirurgia, se sentir tonturas, opte por usar uma cadeira. Evite molhar os curativos, mas caso isso aconteça, procure secá-los cuidadosamente com uma toalha e/ou um secador morno a pelo menos 20 cm de distância. Passamos um cronograma para a troca de curativo e a retirada do dreno e dos pontos que são feitos no consultório em etapas.

Entre o 3º e o 7º dia já é possível o retorno moderado às atividades diárias, mas sem esforço físico. Caminhadas leves a partir do 8º dia estão liberadas; as atividades físicas mais intensas, após avaliação.

Evite levantar peso, não erga os braços acima dos ombros e nem os abra demais por pelo menos 15 dias, o mesmo tempo sem dirigir. Evitar ao máximo a exposição das cicatrizes ao sol por pelo menos 6 meses.

Inúmeros estudos científicos comprovam que a colocação de próteses mamárias não aumenta o risco de câncer de mama.

Assim como no pré, programe sessões de drenagem linfática de 4 a 6 semanas no pós-operatório. Além de eliminar o acúmulo de líquido do organismo, esse tratamento ativa o sistema imunológico, ajuda a diminuir as dores e desconfortos, alivia os hematomas e inchaços e é eficaz na prevenção e tratamento de fibroses e aderências cicatriciais.

Com o tempo, seus seios podem continuar a mudar devido ao envelhecimento e à gravidade. Os resultados permanecem mais tempo se levar um estilo de vida saudável, sem exageros, alimentando-se adequadamente, praticando exercícios e mantendo o peso ideal para seu biotipo.

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